Liderar é um grande desafio nas relações entre seres humanos, seja em ambientes corporativos ou outros. Sempre foi e sempre será, independentemente do espaço e do tempo.
Para CEO, diretores, gerentes, supervisores, o desafio do home-office é também uma grande novidade. Estamos todos aprendendo ou aperfeiçoando nossa prática de trabalho em home.
Nossa experiência de alguns anos de atuação nessa modalidade nos tem ensinado lições práticas que gostaríamos de compartilhar com você. Descobrimos ao longo desse tempo alguns segredos importantes do que chamamos HOME-LIDERANÇA.
É o que queremos compartilhar com todos que têm esse grande desafio de liderar equipes em home, não importa o seu tamanho, não importa o segmento.
Do dia para noite, toda a equipe que estava no escritório, onde era fácil sair da sua mesa e dar uma voltinha, uma tapinha nas costas, uma palavra de estímulo, uma chamada sutil de atenção, um direcionamento mais objetivo, você descobre que isso não é mais possível.
Como diria o genial Carlos Drummond, “E agora, José?” E agora CEO? E agora gerente?
Em nossa experiência descobrimos alguns princípios efetivos de home-liderança que queremos compartilhar com você:
Reforce a cada um o benefício da sua confiança. Confiança gera confiança. O ser humano tende naturalmente a optar pelo caminho negativo. Parece mais fácil desconfiar do que confiar. Mas inverta essa tendência. Confie que seus home-liderados estão seriamente comprometidos com suas responsabilidades e seus objetivos. Porém, como dizia um bom amigo, “confia, mas confira”.
Cobrança presencial é uma coisa e outra bem diferente é a cobrança por home-office. Ainda que os recursos tecnológicos nos permitam contato visual a relação é bem diferente. O estado de home-office gera alterações comportamentais significativas, sobretudo psicológicos, que precisam ser levados em conta e os abordaremos oportunamente. É preciso ser-se leve, descontraído, amigável. Por isso, não faça cobrança, faça follow-up!
Deixa que sua equipe sinta que você está junto. Que pode contar com você. Que seu telefonema ou videoconferência é parte importante de sua atribuição e compromisso com a empresa, mas acima de tudo, uma maneira de mostrar que você está junto. Que se interessa por eles. Assim, antes de perguntar, “Como vai o trabalho?”, pergunte primeiro, “Como vai você?”
Um princípio geral do Direito reafirmado em artigo do nosso Código Civil afirma que “o acessório segue o principal”. O reconhecimento de que um imóvel me pertence, traz a validação de que a respectiva vaga de garagem também é minha. Assim deveria ser na vida, como na liderança. Valorizar o essencial relevando o acessório. Se a meta está sendo cumprida, dar foco que o colaborador apareceu no vídeo brincando com o filho em horário de home, ou postando uma mensagem no Whats, é desvalorizar o principal.
Este texto é ilustrado com a distinta figura do imortal brasileiro, Sérgio Vieira de Melo, coincidentemente na mesma data do lançamento do filme SERGIO, pela Netflix. Considerado um dos maiores líderes da história mundial recente, parecia trazer o chip da arte da liderança. Sabia conversar com os contrários e conciliar os opostos. Sabia ir ao “home” dos seus liderados, à sua casa, sua terra, sua nação. Ele não tinha medo de chegar perto de onde o problema se fazia presente. Porque ele sabia ser parte da solução.
Invista em sua HOME-LIDERANÇA. Seja um HOME-LÍDER.
Não perca nossa próxima postagem, no Blog da FOCUS!
por: Sérgio Fortes (Consultor Empresarial e Master Coach)
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